Capítulo VII


Era início de madrugada quando uma brisa fria escondia um crime sinistro... Hediondo... Uma pessoa foi barbaramente assassinada dentro da própria casa e aquele era o começo um grande mistério que envolvia vários suspeitos. Enquanto a madrugada passava e a tempestade já havia terminado não muito longe dalí, a pessoa responsável pelo assassinato do empresário aguardava o dia amanhecer. Será que estava arrependida do que fez?







Enquanto isso, ouvindo os latidos dos cães visinhos de Abílio decidiram verificar o que estava acontecendo. Telefonaram, tocaram a campainha da casa do cara, quase arrombaram o portão e nada. Ninguém respondia. Então o casal Augusto e Vânia decidiu chamar a polícia que só chegou com o raiar do dia.


O delegado Mendonça e sua equipe, incluindo o pessoal da perícia ali estavam já dentro da casa, diante de um corpo em meio a uma enorme possa de sangue, estilhaços do vidro e uma pistola jogada no chão. Um dos detalhes que chamaram a atenção dos agentes policiais foi o fato de que pegadas de botas sujas de lama foram deixadas da porta da frente da casa até a suíte, onde o empresário foi assassinado friamente. A polícia havia encontrado a primeira pista.




- Encontrou o caseiro, detetive Padilha? – Pergunta o delegado.

- Não doutor. Nem ele nem a mulher, a dona Rita, estão na casa onde moram lá nos fundos da mansão.

- Estranho... E esses cães latindo, onde estão?

- Os três cães estão presos lá nos fundos da casa, delegado. Acho que estão desde ontem à noite.

- Espera aí, a torneira do chuveiro estava fechada quando o corpo foi encontrado, Dr. Mendonça? – Berra um dos peritos de dentro do box do banheiro, tendo a resposta imediata do delegado:

- Exatamente. A torneira estava fechada. Precisamos colher as impressões digitais não só na torneira, mas nas maçanetas das portas, disjuntor de luz... - Tirando um lenço de um dos bolsos da enorme capa que usava o delegado apanha a arma do crime e a coloca num pequeno saco plástico.

- Delegado, essa pode ser a nossa principal pista.

- Não sei, não, detetive Padilha. Vamos examinar a arma. Mas não acredito que o assassino iria dar um vacilo desse tipo.

Após os procedimentos de praxe, incluindo o levantamento cadavérico e a remoçam do corpo ao instituto médico legal, delegado e equipe seguem para a delegacia. Quanto ao caseiro Jeremias e sua mulher Rita, continuavam desaparecidos.

- Delegado. O Senhor não acha que esse caseiro pode ter matado o cara e fugiu do flagrante, doutor?

- Tudo é possível Padilha. Mas você, como bom investigador, sabe que não podemos tirar conclusões antes do término das investigações. E a mulher do caseiro, a... Como é mesmo o nome dela, Padilha?

- Rita, a diarista.

- Isso, onde ela está?

- Nós acabamos de ser informados que ela não dormiu em casa. A dona Rita teria tido uma briga feia com o marido ontem à noite e saiu de casa.

- No meio de toda aquela chuva?

- Perfeitamente.

- Como dizia a minha mãezinha: “Debaixo desse angu tem caroço!” – Conclui o chefe de polícia.

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